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Plotino (204 a.C. - 270 a.C.)

  • Foto do escritor: Patrick Leitão
    Patrick Leitão
  • 28 de mar.
  • 3 min de leitura
Busto de estátua do filósofo grego Plotino.

Para Plotino, o Uno, que a tradição cristã identifica como Deus, transcende o ser, a substância e a morte, vai além de todas as coisas, é infinito e imaterial. Mas é o Deus-Uno que gera e conserva todas as coisas ilimitadamente. Nós não conseguimos entender, chegar até Ele, manifestar ou representar Deus. Ele cria as coisas como se fossem emanações que dele saem como a luz que sai de um astro luminoso e se espalha para tudo à sua volta.


   Plotino se pergunta porque Deus existe e porque ele é da forma que é, e responde que Deus se auto produziu. Ele é um supremo Bem que criou a si mesmo. E ele é dessa forma porque essa é a superior e melhor forma de ser. Ele existe Nele e para Ele e tem a suprema liberdade de criação. Além disso, Ele transcende a si próprio.


   Deus quando pensa a si mesmo cria o intelecto que é a sua representação.


  O intelecto quando pensa em si cria a alma, que é a representação do intelecto. Nesse processo de representação, as criações vão perdendo a identidade com o que representam, da mesma forma como as cópias de cópias vão perdendo a qualidade. Assim, as coisas que tem origem em Deus serão sempre mais inferiores a Deus à medida que se afastam dele.


  Na sequência de importância das derivações está Deus em primeiro lugar, o intelecto em segundo, a alma em terceiro. Estes três primeiros formam o que pode ser apreendido pelo intelecto. Em seguida aparece o mundo físico, criado pela alma e que é composto de matéria que é algo negativo para Plotino. Deus está nessa sequência no patamar superior e a matéria está na parte mais baixa dessa visão. A matéria é o não ser, é o Mal, pois está privado de todo Bem. Ela é negativa, pois está desprovida de toda positividade que vem do Deus-Uno.


   A alma inicialmente cria a matéria para depois dar forma a essa matéria. A alma dá forma à matéria iluminando-a. O mundo físico é e consiste de, portanto, formas criadas pela alma.


   A consciência para Plotino é a capacidade de encontrar a verdade dentro de si mesmo. É na consciência que vamos encontrar as mais elevadas verdades e a origem de todas as verdades, que é Deus. Ir em busca das verdades da consciência é fazer um caminho de regresso à nós mesmos, um caminho de volta para dentro de nós. Retornar à nós mesmos é fazer o caminho que vai nos levar à Deus.


   Para percorrermos esse caminho devemos inicialmente nos tornar independentes da exterioridade corporal e após devemos nos purificar com as virtudes da inteligência e da sabedoria, do equilíbrio dos desejos, da coragem e da justiça. Essas virtudes devem ser comandadas pela razão e pelo intelecto, usando também como instrumentos o amor, a música e a filosofia.


   Para Plotino, mesmo o mal tem a sua razão de ser, pois sendo ele inevitável, significa que ele é necessário. Ele atribui ao mal também uma função ética, ele vê no mal uma espécie de expiação por uma culpa original.


Sentenças:


- A beleza e o bem devem ser buscados no mesmo caminho.

- Três coisas conduzem a Deus: A música, o amor e a filosofia.

- Ensinar é indicar o caminho, mas na viagem cada um vai ver o que quiser ver.

- Os olhos não veriam o sol se não fossem parecidos com o sol e a alma não verá a beleza se ela não for bela.

- A natureza não tem mãos para fabricar as mãos.


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