Médiuns da Corrente Astral de Umbanda
- Patrick Leitão
- 22 de fev.
- 3 min de leitura
Filosofia do Oculto

Os verdadeiros médiuns da Corrente Astral de Umbanda que foram surgindo desde que ela iniciou seu movimento propriamente dito sobre o Brasil e por dentro dos cultos afro-brasileiros, têm que ser, forçosamente, enquadrados nessas três categorias:
A – Os de Carma Probatório ou de simples função mediúnica auxiliar;
B – Os de Carma Evolutivo ou dentro do mediunato, ou seja, de uma missão* já providencial, salvadora, etc; C – Os de Carma Missionário ou dentro ou dentro do duplo aspecto – o do mediunismo no grau de magista...
*Não confundir o médium dentro de seu mediunismo que não deixa de ser também uma missão providencial, porém mais afeta a fiel execução da faculdade mediúnica com o ser encarnado como médium de um Carma Missionário, isto é – que sempre encarna com uma tarefa especial sempre de acordo com o valor de seu grau de iniciação. Aquele que pode ter recebido missão do mediunismo talvez pela primeira vez e ainda sem ter nenhum grau de iniciação, por isso se classifica como de Carma Evolutivo. Quanto ao Missionário, não: o seu grau de missionário já o acompanha no mínimo por mais de três reencarnações.
Passemos a definir o melhor possível essa questão um tanto complexa, difícil de se explicar pela palavra escrita, pois nisso é que está a chave de todas as confusões reinantes:
Na categoria A pode-se enquadrar a maioria dos médiuns que surgiram até o momento. Esses médiuns foram surgindo dentro de suas simples funções mediúnicas e sob a cobertura dos Caboclos, Pretos Velhos e outros, no grau de protetores auxiliares de um plano mais abaixo, devido mesmo a certas injunções da natureza cármica ou de plano mental em que estão situados.
Os protetores que lhes deram ou dão cobertura também desceram ou vieram, dentro de certas restrições, de certa ação limitada, porque não estão na categoria de magos, não alcançaram ainda a ordenação completa para todos os trabalhos. Todavia como auxiliares dos outros protetores de graus mais elevados e dos guias, podem, dentro de certo âmbito, manipular determinados aspectos, de ordem mágica, assim como agir (debaixo, sempre, da orientação ou da supervisão dos maiores) ou manipular certas oferendas simples; as rezas, os passes, as descargas ligeiras, certas afirmações e fixações leves, tudo de acordo com as suas capacidades ou conhecimentos relativos, de protetores auxiliares.**
**Nesse meio ou categoria, alguns médiuns podem evoluir para as condições auxiliares superiores, dados os naturais impulsos de evolução dos mais credenciados ou predispostos, e ainda pela circunstância de terem recebido a cobertura mediúnica de um grau mais elevado.
Dentro, ainda, dessas condições estão incluídos os médiuns do sexo feminino da Corrente Astral de Umbanda. Foram e são, invariavelmente, médiuns de função auxiliar, também.***
***Evidente que não temos autoridade para criar tal restrição à mulher na Umbanda. Essa restrição é tão antiga quanto a Terra. Na própria Bíblia (que realmente diz muitas verdades). “Moisés já confirmava toda uma remotíssima Tradição quando, falando sobre a formação da mulher em Gêneses, Cap. 2, Vers. 18, assim grafou: “Disse mais o Senhor Deus”: Não é bom que o homem esteja só: far-lhe-ei uma ‘auxiliadora’ que lhe seja idônea”. Portanto cumprimos tão somente a nossa parte dentro da Umbanda Esotérica... Lembrando a Lei.
Porque, o simples fato de se fazer oferendas, certas afirmações, certas descargas ou certos movimentos leves ou superficiais, de ordem Magística, não implica em que se esteja, diretamente, dentro de uma força Magística completa.
Não implica absolutamente que se inclua essa movimentação na categoria de poderes inerentes a um mediunato ou na de um genuíno médium magista... Oferendas diversas, todo mundo pode fazer, dessa ou daquela forma (flores, velas, perfumes, certas bebidas, certos materiais), mesmo que já esteja dentro de um ato mágico ou da magia, porém restrito ao âmbito comum limitado de seu real movimento, de sua completa ação de auxiliares...
Para isso, ou para essa classe de médiuns ou crentes, foi que lançamos várias obras, em que constam várias formas de oferendas dentro de certos movimentos de ordem mágica ou de magia, para auxiliá-los nos primeiros passos ou nas suas possíveis andanças e práticas errôneas a esse respeito.
W.W. da Matta e Silva – Umbanda do Brasil – Págs 190 à 192.
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