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Dona Pomba Gira Hana Hayana em Ação - Parte 2

  • Foto do escritor: Patrick Leitão
    Patrick Leitão
  • 7 de jan.
  • 5 min de leitura

Atualizado: 10 de jan.

Representação de um encontro espiritual uma Pomba Gira vestida de branco em uma escadaria luminosa, símbolo de elevação e conexão divina.

Os Socorristas sob o Comando da Sra. Pomba-Gira Parte II

Contador de Historias: A guardiã passou as ordens para os meus amigos astralizados. Perguntei à Guardiã o porquê das minhas visitas àquele hospital? Quando íamos nos despedir, ouvimos alguém chamar por Manamá e Cibele e logo apareceu uma senhora alta, usando uma roupa azul bem claro e de cabelos amarrados, cobertos por um tipo de véu. Fiquei parado. Ela falou para os dois amigos: Vocês foram incumbidos de levar o nosso visitante e mostrar as dependências do Hospital. Saiba que a vida continua nos mesmos moldes que vocês levam no cotidiano na matéria densa. Mais uma vez estou me defrontando com uma Guardiã. Que delicadeza e simplicidade desse ser. Harmonia na fala, nos gestos. Como eu fico cheio de emoção estando na presença de uma entidade com tanto esclarecimento da vida. As senhoras Guardiãs possuem muita experiência de vida, muitas caminhadas. Como elas vivenciaram a matéria aprenderam muito. Muitas se manifestam nos terreiros e em outros locais que praticam a mediunidade. Muitos de nós não sabemos o quanto é diversificado o trabalho dessas valorosas Guardiãs. Pensamos sempre que elas estão a serviço da magia e a serviço das nossas necessidades do cotidiano, como abrir um caminho que está fechado e sempre queremos mais e mais, pedidos em cima de pedidos. A guardiã passou as ordens para os meus amigos astralizados. Perguntei à Guardiã o porquê das minhas visitas àquele hospital?

Um dos motivos é mostrar para os irmãos de jornada na Terra o quanto fazemos e ainda podemos fazer. O trabalho muitas das vezes é dificultado pela falta de comprometimento com o amor divino. O trabalho muitas das vezes fica comprometido pela falta de clareza de objetivo dos mediadores, dado as suas dificuldades de imprimir a doutrina do amor. Muitas das vezes estamos mediunizadas em nossos cavalos e temos que nos desdobrar para termos o nosso objetivo alcançado. Muitos não observam o que está ocorrendo durante os trabalhos e acreditam muito no mundo da ilusão. Nós não somos ilusão, existimos e trabalhamos em prol do crescimento da humanidade. Muitos nos veem como uma forma de colocar suas mazelas para fora. Podemos dizer que um caso ou outro pode manipular magia. Mas, não é o nosso objetivo principal. Falta coerência doutrinária para que a evolução seja uma meta a ser alcançada. Mas, é bom lembrar que tudo o que ocorrer em suas reuniões está conforme o estabelecido pela lei das afinidades e atrações mentais. Nada poderia ser diferente. Agora acompanhe os seus amigos, depois falarei mais.


Antes dela se despedir. Manamá dirigiu a palavra.


Por favor, Senhora Guardiã. O Carlos está querendo saber qual é a preparação feita aqui no pré-encarne.


Ela me olhou e disse:


Vamos conversar um pouco! Tem alguma pergunta em mente?

Sim! Todos os seres que irão ao encarne passam por aqui?

Não, apenas os que irão exercer o papel de mediador entre o plano espiritual e o material.

Pode me explicar melhor?

Devido algumas tarefas exigidas, é necessário uma aferição dos chacras. É necessário passar por várias irradiações energéticas plasmadoras para poderem exercer suas tarefas.


Voltei a perguntar:

Por que somente aqui se fazem esses ajustes? Não existem outros lugares?

Cada um tem uma determinada tarefa e aqui somente aqueles que irão ter compromissos mais de frente às comunidades umbandistas e afins. O plano é traçado junto com quem lhe dará cobertura em sua tarefa na terra. É necessário de acordo com a tarefa, certa quantidade extra de energia. O trabalho mediúnico exige muito daquele que está sob o comando de uma entidade de umbanda.

Mas vejo apenas Guardiãs da Luz e nenhum Guardião.

Nós que recebemos a semente do novo ser que irá encarnar. Então sabemos dos mistérios da vida uterina.


    Foi uma breve despedida da senhora Guardiã! Caminhamos eu, Manamá e Cibele rumo ao pátio do hospital. Conversamos muito sobre as nossas vidas passadas e futuras. Quais eram as situações que eles iriam encontrar na crosta terrestre. Foram muitas gargalhadas, alegria e confraternizações. Já no pátio, de longe avistei um ser em estado muito deprimido que chamou a minha atenção. Pedi aos meus amigos que me conduzissem até aquele irmão. Era um irmão que o conhecera ainda nessa vida de matéria por volta de 1970. Fomos estudantes juntos e ele faleceu ainda prematuramente de acidente automobilístico. Fiquei um pouco constrangido, pois havia muito tempo que ele havia desencarnado. Pensei, porque que o Álvaro ainda estaria naquele estado de morbidez completa. Ele chorava muito e parecia que estava com sentimentos de dor no coração por algo que não havia concretizado.

    Manamá chegou bem perto do meu amigo, passou a mão em sua cabeça e o trouxe para o seu ombro. Tentou consolá-lo, mas Álvaro ficou em prantos, totalmente descompensado. Manamá conversou com ele e disse que havia uma pessoa amiga que estava ali. Álvaro levantou a cabeça, fitou-me e caiu em lágrimas. Aproximei-me do meu amigo e toquei sua fronte molhada de suor. Falei:

Olá Álvaro, quanto tempo.

    Ele segurou as minhas mãos com força e parecia que queria que eu lhe abraçasse. Não perdi a oportunidade, afastei as mãos de Manamá e juntei o meu corpo ao do meu amigo, como ele soluçava, e acabei sendo envolvido pela sua dor. Aos poucos as coisas foram voltando ao estado de harmonia. Sentei ao lado do Álvaro, junto com Manamá e Cibele. Conversamos muito sobre o pouco tempo em que vivemos juntos na matéria densa. Relatou como foi que abortou a sua encarnação em tenra idade. Era sabido por ele que a imprudência levou à sua trágica transição para o mundo astral. Já estava melhor, o seu semblante já era de calma. Explicou que precisava de cuidados psicológicos, pois ainda se encontrava com remorso de não ter podido viver a sua experiência completa na matéria densa. Falei um pouco sobre o que fora ocorrido com ele e que a mudança de atitudes mentais iria facilitar a sua recuperação. O que foi concordado pelos amigos presentes.

    Logo nos despedimos do amigo Álvaro. O coração ficou apertado, mas pouco se pode fazer, além de pedir a clemência divina. Às vezes, nós encarnados, abortamos a nossa missão em detrimento de fracas emoções. Os meus amigos foram chamados para a sua tarefa diária e eu teria que voltar para ao meu universo terreno. Foi uma despedida cheia de lágrimas. Não é sempre que podemos encontrar aqueles que vivenciaram juntos a matéria e hoje estão do outro lado. As lembranças de outras vidas passadas fluíram em nossas mentes como as águas do rio passando debaixo da ponte. Despedimo-nos e ficamos de nos ver ainda antes do regresso dos meus amigos na matéria densa. Foi um longo abraço a três.

    Ao longe os meus amigos foram saindo do meu campo de visão e penetraram em uma outra dependência. Como fiquei emocionado e ao mesmo tempo com vontade seguí-los. Mas minha hora chegou e tenho que voltar para os meus afazeres terrenos. Sempre se traz um aprendizado do outro lado da vida.

Pai Carlos da Costa

OISA – TUOM – Casa de OGY – Cotia SP

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